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PRINCÍPIOS

Ao longo deste trajeto que vimos percorrendo, fomos compreendendo dimensões do racismo que nunca tínhamos considerado. E esse aprendizado só fez intensificar o nosso desejo de buscar uma comunidade escolar genuinamente antirracista, onde qualquer criança ou adolescente se sinta impulsionada a atingir seu máximo potencial.

Estes são os princípios que orientam as nossas ações e estão explicitados na carta que apresentamos à Escola:

A Escola da Vila deve assumir um compromisso publicamente explicitado e amplamente divulgado de implementação de uma educação antirracista.
A tomada de posição de uma escola com a presença e a importância da Vila será um marco no aprofundamento do combate ao racismo estrutural no âmbito educacional e na sociedade brasileira.

 

O compromisso de toda a comunidade escolar da Escola da Vila com uma educação ativamente antirracista deve partir de um imperativo ético.

É essencial que haja uma visão crítica de todas as ações e projetos para que cada um deles tenha substância, impacto e sustentabilidade.

Para isso, é fundamental que se estabeleçam vínculos ativos e permanentes com referentes da luta antirracista no país.

Qualquer instituição ou comunidade majoritariamente branca, por melhores que sejam suas intenções, carece de bagagem histórica e existencial para compreender a dimensão do racismo. A busca de parcerias com organizações sociais, consultorias e formadores é fundamental para que a escola possa ouvir e aprender com quem já acumulou vivências, conhecimentos e práticas, de modo que recursos e energia se concentrem nas ações com maiores chances de sucesso.

 

É importante a abertura de espaços de fala para pessoas negras de dentro e fora de nossa comunidade escolar.

Valorizar a população negra, seu papel social e suas contribuições culturais é fundamental para a construção de um espaço de justiça e equidade racial. Ter pessoas negras como referentes nas discussões sobre o racismo mas (e talvez principalmente) em outros âmbitos do conhecimento humano rompe com o pacto nefasto de subalternização dos corpos negros e ensina na prática que a potencialidade de cada pessoa independe de seu fenótipo.

Uma revisão do projeto político-pedagógico da escola deverá incluir o planejamento de uma agenda institucional antirracista.

A preocupação genuína com a reparação das injustiças e desigualdades raciais historicamente presentes na nossa sociedade deve embasar todo o pensamento pedagógico da instituição, sem se restringir a projetos limitados. A partir disso, uma nova escola será construída, para um novo tipo de país.

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